O descaso do governo federal com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que até hoje ainda não tem um novo superintendente, levou a Câmara Municipal de Manaus (CMM), a aprovar, nesta quarta-feira (14), moção de repúdio a ser encaminhada à Presidência da República. A proposta, apresentada pelo vereador Arlindo Júnior (PROS), foi aprovada com votos contrários da bancada petista da CMM.

“Queremos mostrar que o governo federal virou às costas para Manaus, que não estamos satisfeito com o que está acontecendo na Suframa e no Brasil. Não temos dinheiro para futebol, esporte, cultura, mas o que vemos é o dinheiro do Brasil, da Petrobras sendo entregue aos políticos”, disse Arlindo Júnior, ao defender a solicitação.

A moção ganhou o apoio do líder do governo municipal, Elias Emanuel (PSDB) e dos vereadores Marcel Alexandre (PMDB), Felipe Souza (PTN), Jairo da Vical (PROS), Professor Samuel (PHS) e Roberto Sabino (PROS), todos parabenizando Arlindo Junior pela iniciativa.

'CMM tem que se manifestar contra'

Ao defender a moção de repúdio pelo descompromisso do governo federal com o povo de Manaus e do Amazonas, pela não nomeação do novo superintendente da Suframa, o vereador Arlindo Júnior solicitou o apoio de todos os vereadores para a assinatura da moção. “A casa tem que se posicionar contra, os trabalhadores da Zona Franca de Manaus estão perdendo seus empregos”, garantiu.

O vereador, em seu discurso, manifestou preocupação com a corrupção que assola os poderes da República.  “O Brasil passa por um momento não apenas de crise financeira, mas de crise moral, onde todos os políticos estão sendo jogados no mesmo saco”, argumentou.

Para Elias Emanuel, não se pode silenciar com manchetes de jornais que indicam que hoje o Distrito Industrial emprega menos de 100 mil trabalhadores e que uma empresa, como a Microsoft, fecha suas portas e sai de Manaus desempregando trabalhadores e fechando a Fundação Nokia.