Pauderney defende incentivo ao polo da moda
O Polo de Moda do Amazonas é um setor que, só em Manaus, movimenta 10 mil pessoas. Nesta quinta-feira, dia 16 de agosto, o candidato a prefeito Pauderney Avelino (Democratas), da coligação “Renova Manaus”, visitou o Polo na capital, uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), criado em 2009, em parceria com o Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas e Chapéus, Material de Segurança e Proteção do Estado do Amazonas (Sindconf), que tem como finalidade incubar empreendedores no ramo comercial do vestuário.
Pauderney foi recebido pelo presidente sindical, Engels Medeiros, amigo de longa data do prefeiturável. “Eu e o Engels trabalhamos na antiga Sharp, ele era um gênio da eletrônica”, disse o democrata. O candidato também foi recebido por estilistas e empreendores de moda, como a jornalista e empresária do setor, Cristiane Batista, da marca Santa Cris.
Entre as queixas do setor, de modo geral, pesam a pesada carga tributária que incide sobre a matéria-prima (tecidos), máquinas e até agulhas, incentivo a entrada das micro e pequenas empresas do setor nas licitações públicas e ausência de espaços comerciais para os empreendedores terem acesso direto ao mercado consumidor.
“Vivemos num Município com 2 milhões de habitantes e dificilmente a população usa uma roupa do dia a dia produzida em Manaus. A atividade é bi-tributada e a concorrência com outros Estados, onde a informalidade é maior, é grande”, fala Medeiros. O mercado, entretanto, é amplo e aquecido, em função das necessidades de fardamento, por exemplo, para as fábricas do Polo Industrial de Manaus, construção civil, polo naval, de gás e de petróleo, e as grandes compras do Estado e do Munícipio.
“Mas o próprio Estado e Município perdem a oportunidade de ser indutores do setor de micro e pequenas empresas quando nas licitações colocam lotes únicos. Isso acaba eliminando 99% das empresas daqui”, disse o presidente do Sindconf.
Pauderney explicou que se eleito prefeito de Manaus vai puxar para si a política industrial do Estado, com apoio do governador Omar Aziz, porque é uma área na qual tem experiência, pesquisa e engajamento. O candidato, nos anos 80, chegou a ter uma fábrica têxtil, de fardamento industrial, mas que fechou em razão da pesada concorrência com os mercados internacionais, como o da China. “Podemos mudar muito esse quadro, com problemas que persitem há décadas. É preciso unir forças, do sindicato, Sebrae, FIEAM, e apontar os entraves críticos pontualmente”, afirmou o prefeiturável.
Para Santa Cris, um dos problemas do setor é o Polo de Moda do Amazonas não ter uma sede própria, e hoje estar alojada junto com a estrutura do Senac. “Não é um ponto comercial, é um espaço pequeno para as empresas que estão incubadas no lugar. E tem outras empresas interessadas, mas não há espaço nem incentivo”, explicou a estilista.

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