As abordagens deverão priorizar diálogos e soluções pacíficas, de acordo com o chefe do Comando de Policiamento Especializado da Polícia Militar do Amazonas, coronel Moisés Cardoso

O Gabinete de Gestão Integrada (GGI), vinculado à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), convocou nesta terça-feira, 14 de junho, uma reunião com representantes dos órgãos municipais e estaduais envolvidos no cumprimento da ordem da Justiça que determina a reintegração de posse da área conhecida como José Alencar, no Tarumã, zona oeste da capital.

Os participantes do encontro iniciaram discussões acerca das medidas a serem adotadas, em conjunto, no processo de retirada dos invasores da área.  Na ocasião, o chefe do Comando de Policiamento Especializado da Polícia Militar do Amazonas, coronel Moisés Cardoso, informou que as atividades terão início “nas próximas 48 horas”, começando pela análise do terreno.

“Agora vamos fazer um sobrevoo na área e planejar a ação para definir os recursos e meios necessários à ação”, disse Moisés, afirmando que, além do Comando de Policiamento Especializado – cujo efetivo é de 600 homens –, a PM irá mobilizar o Comando de Policiamento Ambiental, a Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), o Batalhão de Choque e a Cavalaria.

Ainda segundo o coronel, as abordagens deverão priorizar diálogos e soluções pacíficas. Levantamento do setor de Inteligência da PMAM apurou que existem cerca de 1 mil barracas e em torno de 1 mil pessoas ocupando a área. “Não temos intenção de nos confrontarmos com as pessoas que estão lá, mas vamos cumprir o mandado judicial porque esse é o nosso papel”.

Outra medida definida no encontro do GGI é a punição das lideranças identificadas como mandantes das invasões e manifestações contra a reintegração de posse. “As lideranças que estejam fazendo ‘apologia ao crime’ devem ser responsabilizadas. Acreditamos que a maioria da população que está lá não quer confronto com a PM”, afirmou.

O titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas), Marcelo Dutra, que também esteve presente à reunião, disse que o próximo passo será a vigilância da área para evitar a entrada de mais pessoas. “Eles (os invasores) precisam entender que o Tarumã é uma área de preservação ambiental. Estamos em um momento de início de reintegração e o diálogo continua aberto, de forma pacífica”.

Também participaram da reunião no GGI membros da Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas) e da Vara de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual (MPE). A invasão, que compreende uma Área de Proteção Ambiental (APP) sob responsabilidade da Prefeitura de Manaus, está em um espaço de 160 mil metros quadrados e teve ocupação irregular no dia 13 de maio. NULL