Um esquema onde funcionários graduados da Câmara de Vereadores de Manaus  incorporavam gratificações   aos salários “sem o conhecimento nem o consentimento” da mesa diretora, foi descoberto e está sendo investigado. O presidente Isaac Tayah admitiu:  “houve um gatilho salarial aqui dentro. Sem a liberação por escrito do presidente. Sem autorização do financeiro (departamento)”, revelou. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados nem o valor do prejuizo causdado pelo golpe.

Manaus - Um ninho de cupins foi detectado na folha de pagamento da Cämara de Vereadores e envolve um ex-diretor e outros funcionários. Eles estavam incorporando vantagens e aumentando significativamente seus salários “sem o conhecimento da direção da casa”. A denũncia foi feita pelo vereador Waldemir Josẽ e mobilizou toda a mesa diretora da Cämara na manhã desta terçca-feira.

 
O fato foi reconhecido pelo próprio presidente Isaac Tayah que saiu do plenário depois de pedir ao vereador Waldemir uma reunião com ele na presidência para tratar do assunto.  “Houve um gatilho salarial aqui dentro. Sem a liberação por escrito do presidente. Sem autorização do financeiro (departamento)”, disse Tayah.


O presidente, entretanto, negou-se a revelar os nomes dos envolvidos por se tratar de um assunto que “já está na comissão de sindicância” criada, segundo ele, para apurar as responsabilidades. “Nesse sentido, eu tenho que fazer um ato administrativo, senão eu terei de responder por improbidade administrativa e perder a condição de elegibilidade”, argumentou o presidente.

 
Segundo Tayahm  foi criada uma comissão de sindicância que vai investigar as origens dos desvios de recursos via folha de pagamento. O que se sabe, segundo Tayah, é que os envolvidos encontraram um meio de incorporar vantagens aos salários “sem o conhecimento nem o consentimento” da mesa diretora. Isso é o que vai ser apurado.