CPI da água pode ser arquivada
Manaus ( Portal do Holanda ) - Ao sugerir que a CPI da Água instalada na Câmara Municipal “perdeu o objeto” e que a Comissão deveria a partir de agora assumir o papel de fiscalizar a repactuação do contrato de concessão feita pelo prefeito Amazonino Mendes (PDT), o vereador Wilker Barreto (PHS) suscitou uma discussão que envolveu oposicionistas e aliados.“Quem pariu Mateus que o embale”, disse o vereador Fabrício Lima.
Com a mudança feita pela prefeitura de Manaus na concessão do sistema, baseada em estudo realizado pela FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Barreto avalia que a comissão instalada para investigar o sistema “perdeu o seu objeto”, mas a Câmara Municipal não perde o objetivo de fiscalizar o novo contrato e a nova concessionária.
Wilker Barreto disse que a oposição que agora critica a repactuação feita pelo prefeito Amazonino é a mesma que no passado elogiou a repactuação feita pelo ex-prefeito Serafim Corrêa (PSB), que segundo ele trouxe para Manaus a empresa Águas do Amazonas. “Foram vocês que trouxeram ela”, lembrou aos vereadores oposicionistas.
Embora da base aliada do prefeito, Fabrício Lima (PRT) defendeu Serafim Corrêa “porque ele tomou uma atitude”, disse referindo-se à repactuação do serviço que redundou na venda da concessão para a Águas do Amazonas. Mas ele se declarou contrário ao esvaziamento da CPI da Água.
“O vereador Wilker propôs o encerramento da CPI, mas encerrar uma CPI sem realizar sua tarefa vai ser desmoralizante para esta casa. Dizer que isso agora não é mais comigo (a questão da água) é desmoralizante”, disse Fabrício, concluindo: “Quem pariu Mateus que o embale”.
Fabrício Lima, que assumiu assento na CPI da Água na sexta-feira, também defendeu a não convocação dos mandatários envolvidos na questão desde a privatização da Cosama para deporem na CPI, mas disse achar necessário a convocação dos técnicos da época.
A CPI teve sua reunião suspensa por causa do impedimento do presidente Leonel Feitoza (PSD), que se encontrava em audiência no judiciário. A reunião foi transferida para esta terça-feira (22), às 10h., quando devem ser votados os requerimentos convocando mandatários e técnicos para depor.

ASSUNTOS: Amazonas