A Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) divulgou um novo alerta sobre voos na região de informação de voo de Maiquetía, na Venezuela, em meio à piora das tensões entre os dois países. O órgão recomenda “extrema cautela” devido ao aumento da atividade militar e à insegurança no espaço aéreo. Segundo o aviso, ameaças podem afetar aeronaves em qualquer altitude, inclusive em pousos, decolagens e sobrevoos.

A FAA afirma que companhias aéreas devem avisar com 72 horas de antecedência antes de voar entre EUA e Venezuela e relatar qualquer incidente de segurança. O comunicado também destaca um aumento significativo de interferências no sistema de navegação por satélite (GNSS), registrado desde setembro. Essas interferências podem atingir aeronaves a até 250 milhas náuticas, afetando sistemas essenciais de comunicação e navegação.

Embora não haja indicação de que o país pretenda atingir aviação civil, seu arsenal inclui caças e sistemas capazes de alcançar altitudes de voo comercial. A nova comunicação da FAA acompanha relatos de navios de guerra dos EUA próximos à costa venezuelana e rumores de operações da CIA autorizadas pelo governo Trump. 

O alerta ocorre enquanto a Venezuela intensifica exercícios militares e mobiliza milhares de soldados, diante das ofensivas estadunidenses, que têm o argumento de combater o narcotráfico. Analistas apontam, porém, que a ação viola o direito internacional, ameaça a estabilidade regional e tem como verdadeiro objetivo o controle das gigantescas reservas de petróleo venezuelanas.