Guarda que sobreviveu a tiros em Washington faz sinal de "joia", mas continua em estado grave
Por Brad Brooks
1 Dez (Reuters) - O sobrevivente da Guarda Nacional baleado por um atirador na semana passada perto da Casa Branca fez sinal de "joia" com o polegar para a equipe médica quando lhe perguntaram se ele podia ouvi-los e também mexeu os dedos dos pés em resposta, disse o governador da Virgínia Ocidental, Patrick Morrisey, nesta segunda-feira.
Morrisey disse que Andrew Wolfe, de 24 anos, um dos dois membros da Guarda Nacional da Virgínia Ocidental baleados na quarta-feira, continua em estado grave.
"Andrew ainda está lutando por sua vida", disse Morrisey a jornalistas em uma coletiva de imprensa. "Andrew precisa de orações."
Sarah Beckstrom, de 20 anos, a outra integrante da Guarda Nacional da Virgínia Ocidental baleada na semana passada, morreu na quinta-feira.
Os dois foram destacados para Washington após o presidente dos EUA, Donald Trump, enviar forças da Guarda Nacional para a capital em agosto.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, disse no domingo que o suspeito do tiroteio, o afegão Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, radicalizou-se após a mudança dele e de sua família para os EUA, em 2021.
Lakanwal, que enfrenta homicídio em primeiro grau e outras acusações, foi baleado e ferido durante o ataque.
Ele se mudou para os EUA por meio de um programa do governo Biden que reassentou cerca de 70.000 afegãos que ajudaram os EUA durante a guerra de 20 anos em sua terra natal. Os EUA se retiraram em 2021, quando o Talibã assumiu o controle.
Lakanwal, que fazia parte de uma unidade apoiada pela CIA no Afeganistão, recebeu asilo de Trump.
Em resposta ao tiroteio, Trump anunciou a interrupção da migração de "países do Terceiro Mundo" e determinou que os EUA parem de processar vistos para cidadãos afegãos.
Os investigadores, que buscam o motivo do ataque de Lakanwal, disseram que ele atravessou o país de carro a partir de sua casa no Estado de Washington e atirou contra os dois guardas com um revólver Magnum .357, antes de ser ferido por outros soldados.
Morrisey, um republicano, defendeu nesta segunda-feira a missão da Guarda Nacional em Washington, D.C., e em outras cidades administradas por democratas, o que, para críticos, figura como uma ação politizada de Trump. O governador afirmou que todos os 170 membros da guarda da Virgínia Ocidental que estão na capital se ofereceram para a missão.
"Eles estão se voluntariando porque acreditam na missão", disse Morrisey.
(Reportagem de Brad Brooks no Colorado)
ASSUNTOS: Mundo