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Maduro jura "lealdade absoluta" ao povo venezuelano

Por Reuters

01/12/2025 18h12 — em
Mundo



1 Dez (Reuters) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira que jura "lealdade absoluta" ao povo venezuelano, em meio às crescentes tensões com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Maduro, rodeado por outras autoridades de alto escalão, falou para uma multidão do lado de fora do palácio presidencial, depois que o governo convocou uma marcha para empossar novos líderes locais do partido socialista PSUV, que está no poder.

As tensões entre os dois países, incluindo os ataques dos EUA contra supostos barcos de contrabando de drogas no Caribe, as repetidas ameaças de Trump de estender as operações militares para terra e a designação do Cartel de los Soles, um grupo que o governo Trump diz que inclui Maduro, como uma organização terrorista estrangeira, vêm aumentando há meses. Maduro nega qualquer atividade criminosa.

Nesta segunda-feira, duas fontes familiarizadas com o assunto disseram que o presidente Donald Trump se reuniria com os principais conselheiros para discutir a Venezuela, após sua confirmação no domingo de que falou com Maduro.

"Tenham certeza de que, assim como jurei diante do corpo de nosso comandante Chávez antes de me despedir dele, lealdade absoluta ao custo de minha própria vida e tranquilidade, juro a vocês lealdade absoluta até o além, quando pudermos viver essa bela e heroica história", disse Maduro, referindo-se a seu antecessor Hugo Chávez. "Tenham certeza de que eu nunca lhe falharei, nunca, nunca, nunca."

Maduro estava acompanhado de sua esposa, Cilia Flores, e do ministro do Interior, Diosdado Cabello, que usava um boné de beisebol vermelho bordado com "dúvida é traição", além de outras autoridades de alto escalão.

Nesta segunda-feira, a Assembleia Nacional da Venezuela suspendeu uma sessão extraordinária para debater a formação de uma comissão para investigar os ataques a barcos. A assessoria de imprensa da Assembleia informou que a sessão foi remarcada para terça-feira, seu dia normal de debates.

As forças dos EUA realizaram pelo menos 21 ataques a supostos barcos de drogas no Caribe e no Pacífico desde setembro, matando pelo menos 83 pessoas.

O presidente da Assembleia, Jorge Rodríguez, anunciou a sessão de segunda-feira no fim de semana, depois de se reunir com parentes dos mortos. Ele disse que a medida visava proteger as famílias.

(Reportagem da Reuters)


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