Manaus/AM - Durante uma transmissão ao vivo realizada nesta quinta-feira (13), o prefeito de Manaus, David Almeida, comentou sobre a destinação de emendas parlamentares para a capital amazonense. No pronunciamento, ele citou os deputados federais Alberto Neto (PL) e Amom Mandel (Cidadania), afirmando que os recursos enviados pelos parlamentares ao município têm sido limitados. Segundo o prefeito, as verbas destinadas pelos dois deputados representam uma parcela pequena diante do total disponível anualmente.

David Almeida destacou que, no caso de Alberto Neto, a principal obra financiada com emendas do parlamentar teve aporte de R$ 800 mil, complementados pela Prefeitura de Manaus com R$ 700 mil para a conclusão do projeto. O prefeito mencionou ainda que, ao longo do mandato, o deputado teria cerca de R$ 88 milhões por ano para indicar a projetos, totalizando quase R$ 700 milhões em oito anos. 

“O Amom e o Alberto Neto não representam, são inúteis pra Manaus. Não mandam nada pra Manaus e, quando mandam, mandam migalhas”, disparou. Almeida comentou o caso de Alberto Neto: “Em 2023, a única obra que ele tem aqui custou R$ 1,5 milhão; ele mandou R$ 800 mil, eu completei com R$ 700 mil. Mandou R$ 800 mil. Migalha. Esses caras não merecem a consideração do povo que os elegeu”, completou. 

Sobre Amom Mandel, o prefeito questionou quais iniciativas do deputado teriam sido direcionadas à estrutura urbana e social da capital, como construção de moradias, unidades de saúde ou apoio a programas assistenciais. Ele citou como contraste o fornecimento de mais de 15 milhões de refeições por programas municipais, algumas delas financiadas por emendas do deputado Saulo Viana (União Brasil).

O prefeito também ressaltou que Manaus concentra grande parte da arrecadação estadual — 88% do ICMS e 95% do IPVA —, mas recebe apenas uma pequena fração desses recursos para investimentos diretos. Ao final da live, Almeida enfatizou a importância da escolha de representantes que contribuam com a cidade por meio do direcionamento de emendas e reforçou que a responsabilidade pela execução de políticas públicas recai majoritariamente sobre a gestão municipal.