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Pilotos do avião de Marília Mendonça não fizeram uso de drogas nem passaram mal

Por Folha de São Paulo

01/12/2021 10h36 — em
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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Exames toxicológicos e para detecção de doenças pré-existentes descartaram a possibilidade de que o piloto e o copiloto do avião que transportava a cantora Marília Mendonça tenham tido problemas de saúde ou feito uso de substâncias psicotrópicas, o que poderia contribuir para o acidente.

A cantora, o piloto, o copiloto e dois integrantes da equipe da artista morreram na queda do avião em que viajavam de Goiânia para o aeroporto de Piedade de Caratinga, distrito de Caratinga, município da região leste de Minas Gerais, em 5 de novembro. Marília Mendonça faria um show na cidade na noite daquele dia.

O resultado dos exames encerra uma das linhas de investigação da Polícia Civil de Minas Gerais. Outra hipótese também já descartada é de que a aeronave tenha sido atingida por arma de fogo. A polícia trabalha agora com as possibilidades de falha mecânica ou de um erro do piloto.

Os testes toxicológicos e de detecção de doenças pré-existentes foram feitos pelo IML (Instituto Médico Legal) de Minas Gerais, vinculado à Polícia Civil do estado, dentro das investigações das causas do desastre. Os exames são feitos a partir da análise de fragmentos de órgãos como cérebro, pulmões e coração.

Segundo informações da Companhia Energética de Minas Gerais, a Cemig, o avião se chocou contra um cabo para-raios que protege linha de distribuição de energia que corta a região. Ainda conforme a empresa, a torre que sustenta essa linha tem altura de 38,5 metros. A estrutura, segundo a polícia civil, está fora da área de proteção do aeroporto.

O cabo para-raios se rompeu e entrelaçou, segundo a empresa, nos cabos condutores de energia da linha de distribuição. Não houve danos à estrutura da torre, de acordo com a Cemig.

A conclusão dos exames toxicológicos e para detecção de doenças pré-existentes foi anunciada pela Polícia Civil na quinta-feira (25). A perícia feita pelo IML nos corpos das vítimas apontou que todos morreram de politraumatismo, causado pelo impacto da aeronave no solo.

O avião, depois de atingir a estrutura da Cemig, caiu e parou próximo a uma cachoeira. "Não há indícios de que as mortes tenham ocorrido durante o voo", afirmou o médico-legista Thales Bittencourt, do IML de Minas.

"Além disso, foram realizados exames complementares, como toxicológico, de teor alcoólico e anatomopatológicos, que indicaram que as vítimas não estavam intoxicadas nem apresentavam doenças preexistentes que poderiam ter associação com os óbitos", prosseguiu o médico.

O delegado da Polícia Civil responsável pelas investigações, Ivan Lopes Salles, afirmou que as fases seguintes das apurações vão depender do resultado das análises que o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) está fazendo nas peças do avião, trabalho que não tem prazo para ser concluído.

"A gente vai traçando hipóteses e à medida que vão sendo descartadas vamos avançando com as investigações", explicou. "Entra agora [o inquérito] numa fase de aguardar os laudos do Cenipa", disse o delegado, que reforçou as atribuições de cada envolvido nas apurações.

À Polícia Civil cabe assegurar que não houve crime no desastre. Já ao Cenipa tem como atribuição desvendar o que aconteceu para evitar que novos acidentes ocorram.

O delegado declarou que aguarda os resultados do Cenipa para, por exemplo, verificar se houve problemas com os motores da aeronave. A avaliação inicial é que o aparelho poderia estar a altitude baixa quando bateu na estrutura da Cemig.

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