Edir Macedo tenta censurar Netflix e é derrotado na Justiça

O Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou um pedido de liminar feito por Edir Macedo para remover o documentário "O Diabo no Tribunal" do catálogo da Netflix. O líder da Igreja Universal e dono da Record alegou que a obra associava negativamente sua imagem a um caso real ocorrido nos Estados Unidos, no qual o réu justificou um assassinato por estar supostamente "possuído por um demônio".
De acordo com o Notícias da TV, a ação judicial foi movida por Macedo e Renato Costa Cardoso, apontado como o "número dois" da Universal e genro do empresário. Eles solicitaram a exclusão do documentário, argumentando que suas imagens foram usadas sem consentimento, causando prejuízo à reputação de ambos.
No entanto, a juíza Paula da Rocha e Silva, responsável pelo caso, indeferiu o pedido, afirmando que retirar o documentário seria equivalente a censura. Segundo ela, as aparições dos dois líderes religiosos são breves e suas identificações, difíceis, já que os rostos não aparecem claramente.
A magistrada destacou que as imagens citadas podem ser encontradas em plataformas públicas, como o YouTube, em vídeos postados pelo próprio Macedo, reforçando a falta de exclusividade do material. Ela também ressaltou que o foco do documentário não é a Igreja Universal, mas sim o caso verídico que inspirou o filme Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio.
Com a decisão, O Diabo no Tribunal permanecerá disponível na Netflix enquanto o processo segue em curso.

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