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'Quando perdi, virei o pior do mundo', diz José Aldo, que busca novo cinturão

Por Folha de São Paulo

04/12/2021 9h05 — em
Esportes



SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Ex-campeão do peso pena do UFC, José Aldo enfrenta Rob Font na madrugada deste domingo (5), na luta principal do UFC Vegas 44, no peso galo (até 61 kg). É o confronto entre o quinto (o brasileiro) e o quarto colocados da categoria. Uma vitória contra o americano deve colocar o brasileiro entre os principais lutadores do peso galo e próximo de uma luta pelo cinturão.

Após perder para Alexander Volkanovski —atual campeão do peso pena— no dia 11 de junho de 2019, no UFC 237, Aldo decidiu baixar o peso e mudou da categoria dos penas (até 65,8kg) para a dos galos. O seu início na categoria não foi o esperado. Em sua estreia, o lutador de 35 anos perdeu para o compatriota Marlon Moraes em uma decisão dividida.

Posteriormente, o manauara foi escolhido pelo UFC para fazer uma luta valendo o cinturão do galos contra o russo Petr Yan. O título estava vago, já que Henry Cejudo, antigo dono, havia se aposentado. O russo foi superior na luta e nocauteou José Aldo no quinto round —e o brasileiro somou sua terceira derrota consecutiva.

Em entrevista à reportagem, Aldo relembrou seu passado como campeão do UFC e revelou que o comportamento da torcida brasileira mudou completamente depois que ele perdeu o cinturão do peso pena para Max Holloway, em 2017.

"Desde que eu entrei no esporte, eu já sabia como seria. A torcida brasileira, no geral, faz isso acontecer em todos os esportes. Sou atleta de MMA, mas assisto a tudo: futebol, basquete, natação. E eu vi isso acontecendo com vários atletas", disse.

"Para mim, não foi problema algum, eu sabia que, enquanto fosse campeão, ia ser o melhor do mundo, mas, quando desse ruim, seria o pior do mundo. No começo da minha carreira, todos os fãs passaram a me chamar de tudo de ruim que era possível. Depois falaram que eu era o melhor. Não me atento tanto a isso, sei quem eu sou", acrescentou.

Mas a maré virou para Aldo. O brasileiro vem de duas vitórias consecutivas por decisão unânime: contra o equatoriano Marlon Vera e o brasileiro Pedro Munhoz. Hoje, o experiente lutador afirmou que segue focado em conquistar o cinturão do UFC em sua nova categoria e que isso faz com que ele não pense na aposentadoria apesar da idade.

"É tudo questão de trabalho e de tempo para eu crescer de novo. Trabalhamos e corrigimos os erros, estamos vivendo o momento. Esse momento, hoje, é de ser campeão, estou treinando para ser campeão. Então, depois que eu conquistar o título, eu vejo as possibilidades de me aposentar. Hoje, na minha cabeça, só penso nisso [ser campeão]", concluiu.

O UFC Vegas 44 acontece neste sábado (4) e invade a madrugada de domingo. O card preliminar está marcado para às 21h (de Brasília), e o principal, a partir da 00h.


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