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Anderson Barros fica no Palmeiras e agora terá missão investir em reforços

Por Folha de São Paulo

04/12/2021 9h35 — em
Esportes



SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Anderson Barros será o diretor do Palmeiras no início da gestão Leila Pereira. Nesta sexta-feira (3), a presidenta eleita bateu o martelo e optou pela continuidade do trabalho do diretor de futebol.

A partir de 15 de dezembro, quando inicia-se nova gestão, Barros vai ter um desafio oposto ao que teve nos últimos dois anos. Se a diretriz de Mauricio Galiotte era economizar, a de Leila Pereira vai ser uma oposta: gaste e reforce o time. No primeiro teste, Barros passou com louvor. Negociou jogadores, diminuiu a folha salarial e contratou muito pontualmente.

Na nova gestão, ele terá de ser hábil e ágil para entrar em disputas com outros clubes de grande orçamento pelos nomes mais badalados do mercado. Algo que ele ainda não teve que fazer no Botafogo, Coritiba, Bahia e Flamengo, na época em que lá trabalhou, no início de sua carreira.

No último dia 27, após o Palmeiras conquistar o tri da Libertadores, Anderson Barros ia passando quase despercebido por uma boa parte dos jornalistas na zona mista do estádio Centenário, em Montevidéu. Mas, avistado pela reportagem, foi parado e veio ao alambrado conversar com a imprensa presente no local.

O sempre discreto Barros chorava e transparecia não só felicidade, mas também alívio. Criticado duramente pela torcida pela falta de contratações de peso, o diretor não apenas levara o Palmeiras a mais uma conquista continental, mas também, sem saber, recebia ali a última chancela para sacramentar sua permanência no clube.

A presidenta já tinha simpatia pelo trabalho do executivo, de perfil oposto ao de seu antecessor, Alexandre Mattos, que hoje tem avaliação ruim dela e de seu marido, José Lamacchia, fundador da Crefisa.

Se utilizado um parâmetro parecido com o das Olimpíadas, Anderson já pode ser considerado o maior dirigente de futebol do Palmeiras desde que a função passou a ter um executivo remunerado no clube.

Como ninguém tem duas Libertadores de 1992 para cá, quando José Carlos Brunoro assumiu como gerente da cogestão Palmeiras-Parmalat, Barros lidera este "quadro de medalhas".

Mas, em termos de números absolutos, ele também já se gabarita para ter a ponta. Com duas Libertadores (2020-21), uma Copa do Brasil (2020) e um Paulista (2020), tem quatro títulos de primeira prateleira.

Alexandre Mattos, que o antecedeu, ganhou dois campeonatos brasileiros (2016 e 2018) e uma Copa do Brasil (2015), ficando com três.

Já Brunoro, que trabalhou no clube alviverde em duas passagens, conquistou três Paulistas (1993, 1994 e 1996) e dois Brasileiros (1993 e 1994), totalizando cinco títulos. Ou seja: mesmo nesse critério, um título apenas também já colocaria Barros no topo do ranking.


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