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Justiça nega pedido e mantém Bandeira de Mello em ação do incêndio no Ninho

Por Folha de São Paulo

20/05/2022 15h05 — em
Esportes



SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - O ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello segue respondendo por incêndio culposo na Justiça. Em decisão publicada nesta quinta-feira (19), a desembargadora Sueimei Cavalieri, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, negou o habeas corpus pedido pela defesa do ex-dirigente, que pedia a extinção da ação no caso da tragédia que matou dez adolescentes no Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019.

A defesa de Bandeira de Mello argumentava que não há indícios de autoria de crime por parte do ex-presidente, pois o incêndio teria nascido de uma falha em um ar condicionado, algo que o então presidente do Flamengo não poderia prever. No entanto, a desembargadora concluiu que "tal análise demanda o exame aprofundado de todo o conjunto probatório", ou seja, que é preciso avaliar todas as provas antes de livrar o cartola de qualquer culpa pelo incêndio.

"Conclui-se que as matérias suscitadas constituem precisamente argumentação relativa ao mérito da ação penal e somente podem ser resolvidas na sentença", escreve Sueimei Cavalieri. A ação, portanto, continua.

Bandeira de Mello foi presidente do Flamengo até 31 de dezembro de 2018, exatos 39 dias antes do incêndio no Ninho do Urubu, no qual dez adolescentes morreram e três ficaram feridos no alojamento das categorias de base. Ainda há outros sete réus na ação que respondem por incêndio culposo, sendo dois funcionários do clube: o ex-diretor financeiro Márcio Garotti e o engenheiro Marcelo Sá. Quatro réus são da NHJ, empresa responsável pela construção do contêiner que pegou fogo (Claudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Fabio Hilário da Silva e Weslley Gimenes), e o técnico em refrigeração Edson Colman da Silva também responde na Justiça.

No ano passado, a Justiça do RJ não aceitou as denúncias feitas pelo Ministério Público contra Carlos Noval, ex-diretor de base do Flamengo, que desde então deixou de ser investigado na ação. O mesmo valeu para o engenheiro Luiz Felipe Pondé e o monitor Marcus Vinicius Medeiros.


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