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BC espera desaceleração do crescimento e mira "redor da meta" de inflação, diz Guillen

Por Reuters

18/12/2025 11h00 — em
Economia



BRASÍLIA, 18 Dez (Reuters) - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou nesta quinta-feira que a instituição espera a desaceleração da atividade ao longos dos próximos trimestres e reforçou a ideia de que o BC mira "o redor da meta" de inflação.

Durante coletiva de imprensa nesta manhã em Brasília, Guillen pontuou que dados iniciais referentes ao quarto trimestre deste ano indicam uma continuidade da moderação da atividade. Além disso, o diretor avaliou que o mercado de trabalho apresenta sinais incipientes de moderação no Brasil.

Mais cedo, o BC informou por meio de seu Relatório de Política Monetária que a projeção de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 passou de 2,0% para 2,3%. No caso de 2026, a estimativa de elevação passou de 1,5% para 1,6%.

No documento, a instituição informou ainda que a projeção de inflação em 12 meses é de 3,2% para o terceiro trimestre de 2027 -- horizonte relevante para a política monetária a partir de janeiro --, ainda um pouco acima do centro da meta contínua perseguida pela instituição, de 3%.

Ao tratar das projeções, no entanto, Guillen pontuou que elas "são embutidas de grande incerteza".

"Discordo da visão mecanicista que se tem sobre projeções", disse o diretor de Política Monetária. "Por conta das incertezas de projeções que chamamos atenção no comunicado que miramos o redor da meta de inflação", acrescentou.

No comunicado mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC afirmou que "decidiu manter a taxa básica de juros em 15,00% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante".

O terceiro trimestre de 2027 passou a ser considerado pelo mercado como um período chave, já que se torna a referência para o horizonte relevante da política monetária na reunião de janeiro do BC. No mercado, os agentes seguem divididos sobre se a instituição cortará ou não a Selic no próximo mês.

(Reportagem de Bernardo Caram, em Brasília)


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