O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, revelou em delação premiada que os filhos do ex-presidente, Flávio e Eduardo Bolsonaro, tinham posições divergentes sobre como reagir à derrota nas eleições de 2022. Flávio se opôs à ideia de um golpe de Estado, enquanto Eduardo era a favor. 

O sigilo da delação foi derrubado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Bolsonaro e 33 outros por tentativa de golpe. Cid afirmou que Flávio pertencia a um grupo conservador que defendia aceitar o resultado eleitoral e assumir o papel de líder da oposição.

Enquanto isso, Eduardo fazia parte de um grupo mais radical que acreditava em contestar os resultados das urnas e até planejava um golpe, contando com apoio popular e de grupos armados. A delação expõe as tensões internas entre as facções que cercavam Bolsonaro na busca por uma resposta ao resultado eleitoral.