Castelos, monumentos seculares, igrejas espetaculares e até vulcões em atividade, a Itália tem 58 bens tombados como patrimônio histórico pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), sendo líder mundial nesse ranking, sem contestação.

De acordo com o órgão, o país abriga 70% do patrimônio histórico e artístico do mundo inteiro, distribuídos em praticamente todas as regiões, pois em cada uma delas é possível encontrar pelo menos um patrimônio da Unesco.

Na região do Lazio, estão os campeões em visitação turística como o centro histórico de Roma, o complexo de San Giovani e a Basílica de São Paulo Fora dos Muros, ou seja, fora do centro histórico, mas uma das mais belas construções.

Na famosa região Toscana, há o centro histórico de Florença, a Praça do Milagre, em Pisa, e o centro medieval de San Gimignano e de Siena, além de 12 casarões e dois jardins que foram da família Medici.

A Sicília é uma das regiões italianas com mais áreas tombadas pela Unesco. Lá estão a cidade de Palermo, onde há sete bens tombados, como o Palazzo Reale, a ponte dell'Ammiraglio e os claustros de Cefalù e Monreale, belos exemplares da arquitetura árabe e bizantina. Na região, há ainda o Valle dei Templi, em Agrigento, e a necrópole de Pantalica, em Siracusa.

Está na região da Sardenha a maior e mais conservada aldeia nuragic - civilização pré-histórica - do mundo. A Su Nuraxi, em Barumini, é uma grande pirâmide de pedra do século VI a.C. A Basilicata também tem um importante patrimônio cultural que são as grutas e igrejas de pedra de Matera, cidade que ostenta o título de Capital Europeia da Cultura de 2019.

A lista da Unesco incluiu ainda outras dezenas de lugares espalhados pela Itália, como a Costa Amalfitana, o centro histórico de Nápoles, o sítio arqueológico de Pompeia, o centro de Assis, as cidades de Ferrara e Veneza, as Cinque Terre e o Palácio Real dos Savoia.

ROMA E SANTA SÉ

O centro Histórico de Roma, com a Santa Sé e Basílica de São Paulo Extramuros também está na lista dos bens tombados.

Nesse perímetro, estão ainda as praças del Popolo, di Spagna, o Pantheon, Navona, o Coliseu e muitos outros monumentos históricos que reúnem qualidades para estar na lista de patrimônios da Unesco.

Outro destaque é dado para o Vale Camônica, cuja arte rupestre foi a primeira reconhecida como patrimônio Unesco. Os petroglifos estão por todo o vale, mas há maior concentração nas áreas de Darfo Boario Terme, Capo di Ponte, Nadro, Cimbergo e Paspardo.

Igreja e Convento Dominicano de Santa Maria delle Grazie com “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci, obra realizada em três anos (entre os anos de 1495 e 1498) para decorar uma das paredes do refeitório do monastério de frades dominicanos de Santa Maria delle Grazie, estão contempladas pela Unesco.

MONTE ETNA

Um dos mais ativos do mundo, o Vulcão Etna integra a lista de patrimônios da Unesco pelos seus processos geológicos contínuos e formações vulcânicas, o que permite estudos que podem ajudar outras cidades do mundo que tenham esse tipo de estrutura geológica. Para ver o Etna, o visitante deve se deslocar para a cidade de Taormina.

Visitar a Itália, portanto, é um convite para encontrar vestígios de uma cultura milenar construída pelas mãos humanas ou mesmo naturais como o vulcão. O resultado sempre será encantador.