O secretário-executivo da UNFCCC (ONU Clima), Simon Stiell, criticou duramente o governo brasileiro por falhas de segurança na COP30, em Belém, e alegou que o gabinete do Presidente Lula instruiu a Polícia Federal a não intervir para dispersar manifestantes dentro da zona de segurança na quarta-feira (13).

Em uma carta enviada a autoridades brasileiras, Stiell descreveu o caso como uma "grave violação da estrutura de segurança" e manifestou "sérias preocupações" sobre o cumprimento das obrigações do Brasil como anfitrião.

A denúncia da ONU ocorreu após a invasão do local da conferência por ativistas na noite de terça-feira (12), onde, segundo Stiell, as forças de segurança "não agiram".

O documento também critica o caos de infraestrutura provocado pela escolha de Belém, incluindo:

Problemas de saúde relacionados a altas temperaturas e ar-condicionado inoperante.

Vazamentos no teto causados pelas chuvas, gerando riscos elétricos.

Condições precárias em escritórios de delegações, que pagaram "custos consideráveis" para montar seus pavilhões.

A Casa Civil nega: Questionado, o ministério afirmou que não esteve envolvido na decisão das forças de segurança e garantiu que todas as solicitações da ONU estão sendo atendidas. O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, disse que todos os problemas de infraestrutura já foram "completamente sanados".