Tarcísio recua e defende ampliação do uso de câmeras corporais pela PM
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, recuou e admitiu estar "completamente errado" ao criticar o uso de câmeras corporais pela Polícia Militar. Em entrevista nesta quinta-feira (5) Tarcísio afirmou estar agora convencido de que essas câmeras são ferramentas essenciais para proteger tanto a sociedade quanto os policiais, e que o programa será ampliado. Durante a campanha de 2022, o governador havia prometido eliminar os equipamentos, mas a pressão da sociedade e especialistas levou à mudança de postura.
"Eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão [das câmeras corporais]. Eu tinha uma visão equivocada, fruto da experiência pretérita que eu tinha, que não tem nada a ver com a segurança pública. Hoje, eu estou absolutamente convencido que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial. Vamos não só manter o programa, como ampliá-lo e tentar trazer o que tem de melhor em termos de tecnologia", disse Tarcísio em entrevista à CBN.
Além disso, o governo paulista enfrenta uma crise de violência policial, e Tarcísio tem tomado medidas para lidar com o problema. Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo apresentasse esclarecimentos sobre o uso das câmeras, e o novo contrato de aquisição de equipamentos foi assinado em setembro, no valor de R$ 105 milhões. O governador também prometeu iniciar os testes dos novos dispositivos em 10 de dezembro, mas a substituição das câmeras antigas ocorrerá de forma gradual.
O aumento da violência policial tem gerado críticas ao governo, e Tarcísio tem se comprometido a responsabilizar os agentes envolvidos em abusos. Recentemente, ele cobrou ações da Polícia Militar sobre transgressões de seus membros e prometeu punições exemplares, como no caso de um soldado que jogou um homem de uma ponte. O governo planeja também revisar o treinamento dos policiais e ampliar o apoio psicológico aos agentes, mas Tarcísio descartou demitir o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, apesar das críticas.
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