Justiça reverte falência da Oi e empresa volta à recuperação judicial
A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a falência da Oi, decretada no início da semana, após pedido do Itaú, um dos principais credores. Com a decisão da desembargadora Mônica Maria Costa, a operadora retorna ao regime de recuperação judicial, permitindo a continuidade do plano aprovado em 2024 e uma liquidação organizada dos ativos, considerada menos prejudicial para credores e para a prestação dos serviços essenciais.
A magistrada destacou que a falência poderia causar danos maiores à sociedade, já que a Oi ainda mantém serviços estratégicos, como linhas de emergência, tráfego aéreo e rede das lotéricas. A decisão devolve aos administradores judiciais a condução da reestruturação e mantém suspensas as dívidas extraconcursais. A Anatel e a União também foram intimadas a apresentar medidas para garantir a continuidade das operações.
A reversão atende principalmente aos bancos, que teriam menos chances de recuperar créditos em caso de falência. Especialistas apontam que a Oi enfrenta dificuldades prolongadas e não consegue gerar caixa suficiente para manter suas operações, acumulando novas dívidas. A empresa ainda não se manifestou após a decisão.
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