Funcionária do Carrefour diz que não impediu agressão por estar debilitada
Adriana Alves Dutra, a funcionária do Carrefour presa nessa terça-feira (24) no caso João Alberto, disse à polícia que não interferiu nas agressões que levaram o homem negro à morte, porque se recuperava de uma cirurgia que tinha há pouco tempo.
A mulher era fiscal de segurança, e por isso, tinha autoridade para mandar que os dois homens cessassem com a violência, mas ao invés disso ficou filmando a cena.
Adriana prestou depoimento ontem e a polícia identificou uma série de contradições da parte dela. Uma delas diz respeito a Giovane Gaspar, a fiscal teria dito que ele era cliente da loja, mas a polícia confirmou que ele trabalhava na segurança do local. Após a descoberta, Adriana tentou se justificar afirmando que tinha acabado de voltar de férias e não conhecia Dutra.
A mulher também afirma que Beto teria agredido uma senhora ao ser retirado da loja, mas nenhuma cena sobre tal agressão foi encontrada. Ela também afirma que não estava filmando o espancamento e que o que segurava nas mãos era um rádio comunicador. Por conta da série de informações errôneas, a polícia optou pela prisão dela "Ela está sendo presa, neste momento, para ajudar a investigação criminal. Por que ela está sendo presa? Justamente pelo fato de ter contradições no seu depoimento”, disse a delegada do caso Nadine Anflor.
A princípio a prisão da fiscal deve durar 30 dias, mas pode ser estendida se a Justiça julgar necessário. O telefone dela foi apreendido também.
Outras duas pessoas que foram citadas no depoimento dela e que ainda não eram conhecidas da polícia devem ser intimadas nos próximos dias. Quem também deve ser ouvido é Giovane, ele depõe nessa quinta-feira (26). O outro envolvido Magno Braz Borges preferiu manter-se em silêncio e só falar no durante o processo.
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