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Flávio Bolsonaro usou cota eleitoral feminina para beneficiar empresas

Por Portal Do Holanda

26/10/2020 13h33 — em
Brasil


Empresas estão ligadas à assessora e a advogado do deputado. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O PSL-RJ direcionou R$ 49 mil de sua cota feminina nas eleições de 2018 para duas empresas ligadas a assessores de Flávio Bolsonaro envolvidos no esquema da rachadinha na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

O valor equivale a mais de 10% da verba total para as mulheres candidatas. De 33 postulantes do diretório estadual, 27 devolveram metade de suas verbas eleitorais para essas empresas.

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (26) em reportagem do portal UOL. As prestações de contas das candidaturas femininas do partido à Justiça Eleitoral apresentam também suspeitas de irregularidades no uso dos valores. Dez dessas candidatas apresentam indícios de fraude contábil e duas tiveram suspeita de falsificação de assinaturas.

As duas empresas contratadas são Alê Soluções e Eventos e Jorge Domingues Sociedade Individual Advocacia. A primeira pertence a Alessandra Oliveira, assessora de Flávio Bolsonaro na Alerj e, ao mesmo tempo, primeira-tesoureira do partido no Rio. A segunda é ligada a Luis Gustavo Botto Maia, advogado eleitoral do filho do presidente da República.

Alessandra e Botto Maia são investigados pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) por suposta participação no esquema de repartição ilegal de salários de funcionários do gabinete de Flávio, quando ele era deputado estadual. Cinco candidatas ouvidas pelos jornalistas disseram que a contratação das duas empresas foi direcionada pelo PSL do Rio, presidido em 2018 por Flávio Bolsonaro. Hoje, ele é senador filiado aos Republicanos.
 


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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