Manaus/AM - Em um interrogatório virtual realizado hoje (29), Flávio do Santos, filho de Flordelis, voltou atrás em seu depoimento e negou ser o responsável pelo tiro que matou o pastor Anderson do Carmo.

O rapaz disse ainda que confessou o crime porque foi torturado por policiais civis dentro da Delegacia de Homicídios de Niterói: “Eu não matei o Anderson. Não comprei a arma. Não participei de crime nenhum. Estou sendo uma vítima disso tudo. Estava no local errado, na hora errada”, afirmou.
Rodrigues ainda detalhou a tortura e disse que chegou a ficar mais de 24h sem água:

“Todo mundo tem conhecimento de como a polícia Civil do Rio procede. Eu, dentro da DH, fui torturado de todos os tipos de tortura que a senhora pode imaginar. Entravam na minha cela… Tortura psicológica, física. Dormi de cueca, em um chão frio, molhado, sem ter colchonete. Eu fiquei mais de 24 horas sem beber água”.

Ao ser contestado sobre o por quê de ter denunciado o caso antes por meio de seus advogados, Flávio encerrou a conversa e se negou a responder qualquer outra pergunta. Ele declarou que a partir de agora só fala no júri.  A juíza Nearis dos Santos não insistiu com Flávio, mas decidiu que ele não será transferido de presídio como a defesa havia solicitado e avisou que vai decidir nos próximos dias se o preso vai à júri popular junto com o irmão Lucas, que já teve o julgamento definido.

Vale lembrar que o filho de Flordelis assumiu ter dado os tiros no pastor, mas antes tentou incriminar o irmão mais novo por meio de mensagens. Ele também se contradisse em várias ocasiões durante as investigações.