Defesa de Braga Netto nega envolvimento em plano de golpe e tentativa de assassinato de Lula

A defesa do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa no governo Bolsonaro negou que o militar tenha tido conhecimento de um plano de golpe ou de assassinatos de autoridades, como apontado pela Polícia Federal (PF). O general está sendo investigado no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura uma tentativa de golpe de Estado ocorrida entre outubro de 2022 e janeiro de 2023. A nota foi divulgada no sábado (7).
Segundo depoimentos de envolvidos, como o tenente-coronel Mauro Cid, assistente de Bolsonaro, Braga Netto teria supostamente financiado o plano "Punhal Verde e Amarelo", que incluía o assassinato de figuras como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A defesa de Braga Netto afirmou que ele "não coordenou nem aprovou qualquer plano" e que não forneceu recursos para a execução de tais ações. A PF, por sua vez, indiciou o general por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, com penas que podem somar até 28 anos de prisão. O relatório da PF considera Braga Netto uma figura central na tentativa de golpe, alegando sua participação concreta nos atos de obstrução da investigação e nas ações coercitivas planejadas pelas Forças Especiais.
A investigação segue em andamento no STF, com o general sendo acusado de embaraçar o processo e de ser um dos principais articuladores do golpe.
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