Anvisa aprova por unanimidade uso emergencial de novo lote da Coronavac
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade, nesta sexta-feira (22), o uso emergencial de 4,8 milhões de doses da vacina Coronavac no Brasil.
Os seis membros do órgão acompanharam o voto da relatora e diretora Meiruze Sousa Freitas. Ela argumentou que há poucos tratamentos disponíveis e que não há medicamentos registrados na Anvisa para tratamento da covid-19.
O primeiro voto a favor foi do gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos, Gustavo Mendes, que levou em consideração o cenário crítico da pandemia com o aumento do número de casos e ausência de alternativas terapêuticas.
O segundo a votar foi o coordenador de Inspeção e Fiscalização de Insumos Farmacêuticos, Fabrício Carneiro, que também votou a favor do uso uso emergencial.
“Nos manifestamos pela aprovação de eventuais novos pedidos de uso emergencial nos moldes aprovados até o momento, ou seja, as vacinas sendo importadas prontas da Sinovac ou granel da vacina importada”, informou, acrescentando que eventuais alterações devem passar por nova análise da área técnica.
"Considerando a missão institucional da Anvisa, que as vacinas são as formas mais eficazes de prevenir doenças infecciosas, salvando milhões de vidas no mundo, além do grave cenário da pandemia em que vivemos, e o indicativo de colapso, a importância do acesso à cultura preventiva", assinalou o diretor Rômison Mota.
A diretora Cristiane Rose Jourdan acrescentou que os imunizantes devem chegar o mais rápido possível à população, por meio do Plano Nacional de Imunização (PNI).
"A vacinação decorre de um pacto social necessário para o bem comum e para a volta à normalidade, ainda que com adequações de costumes e devidos cuidados", afirmou.
Já o direto Alex Campos ressaltou a importância de monitoramento e diligências apontadas na apresentação da relatora.
O diretor presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, declarou que os ataques de parte da população ao órgão são insignificantes diante do trabalho desenvolvido por especialistas, e que "o que foi mostrado no domingo passado não foi nenhuma novidade. É trabalho de quase 22 desta agência", destacou.
Veja também
ASSUNTOS: Brasil