A anunciada vacinação de policiais -  pms, bombeiros e pc - para o dia 29 em Manaus e nos demais municípios continua ameaçada. O anúncio feito pelo governo do Amazonas, além de precipitado e com claro viés politico, contraria o Plano Nacional de Imunização, não leva em conta os grupos prioritários e se constitui em um fura fila oficial.

Nada contra vacinar policiais militares, civis e bombeiros, expostos ao vírus em uma atividade que, por sua natureza, já é perigosa. Mas o mínimo de coerência  no processo de imunização deve ser mantida, respeitando-se a ordem de prioridade prevista no Plano Nacional de Imunização.

Chega de escândalos e de uso político da vacina, especialmente em um Estado onde os gestores sabidamente delinquiram desde o inicio da pandemia.

Nada, entretanto, parece  fazê-los refletir, nada os impede de continuar na mídia subvertendo inclusive a ordem de vacinação. Em tempo, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público ingressaram na Justiça Federal pedindo a manutenção das prioridades definidas pelo PNI, agora com o aval da Prefeitura de Manaus, atropelada por uma decisão politica e arbitrária do governador Wilson Lima.

Que a Justiça Federal olhe a questão com a necessária coerência, preservando as metas do Plano Nacional de Imunização, que elencou os grupos prioritários, entre estes os portadores de comorbidades.

Vai chegar a vez - e logo - das policias, que merecem sim toda a atenção, mas  sem o uso de uma caneta que altere arbitrariamente a ordem das coisas.