Wilson Lima tem fragilidade exposta
Um governador deve ser cercado de pessoas capazes de avaliar um documento e corrigir erros. A assinatura posta em um decreto - seja qual for seu teor - pode mais tarde configurar crime de responsabilidade. Ao “confundir”nomeação com "exoneração", a assessoria de Wilson Lima não apenas cometeu um erro grosseiro, como expôs a fragilidade de um jovem catapultado de um auditório de tv para o comando do Estado. Felizmente saiu a retificação, mas o fato gerou uma onda de desconfiança na figura do governador.
A pergunta recorrente ontem era: “e documentos mais complexos, da gestão do estado não poderiam chegar a mesa do governador contaminados por interesses escusos e receber sua rubrica?
Wilson Lima, caso queira se livrar de “jabutis” futuros, deve proibir o uso de sua assinatura eletrônica em documentos do Estado. Perder um pouco de tempo com a caneta na mão é assegurar que está assinando o que é correto ou foi devidamente revisado. Ou terminará mal.
Seu cuidado deve ser redobrado em documentos relativos a incentivos ou isenções (e lei orçamentária), onde eventuais descuidos podem resultar em ações de improbidade. E ter na Casa Civil um homem de sua confiança, não da confiança dos outros.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.