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Testagem contra Covid é necessária, mas aglomeração precisa ser controlada


Por Raimundo de Holanda

25/01/2022 20h47 — em
Bastidores da Política



De 1o de janeiro até esta terça-feira, 25, o número de mortes por Covid em Manaus chegou a 66, o dobro do mês anterior. Somente nas ultimas 24 horas foram  a óbito 10 pacientes, três por critério clinico de imagem, eufemismo para  confirmar mortes anteriores não computadas pela Fundação de Vigilância Sanitária. No mesmo período, o número de pessoas infectadas pulou de  37, no dia 1o, para um total de 66.049 nesta terça-feira. Mas se a testagem em massa ajudou a identificar portadores do vírus, também produziu aglomerações. 

De 1o de janeiro até esta terça-feira, 25, o número de mortes por Covid em Manaus chegou a 66, o dobro do mês anterior. Somente nas ultimas 24 horas foram  a óbito 10 pacientes, três por critério clinico de imagem, eufemismo para  confirmar mortes anteriores não computadas pela Fundação de Vigilância Sanitária. No mesmo período, o número de pessoas infectadas pulou de  37, no dia 1o, para um total de 66.049 nesta terça-feira. Mas se a testagem em massa ajudou a identificar portadores do vírus, também produziu aglomerações. 

Evitar longas filas ou salões lotados de pessoas em busca do teste  poderia contribuir para a contenção do vírus e evitar contaminações. Ë urgente a adoção de medidas que ajudem a amenizar um quadro já de alto risco e que pode colapsar a rede pública de saúde.

O fato é que  um grande número de pessoas ou testou positivo  para Covid ou apresenta os sintomas. Os que testaram nos últimos dias e que podem ser citados apenas como referência, ou por serem figuras públicas, são o prefeito de Manaus, David Almeida, o secretário Sérgio Fontes e o ex-governador Amazonino Armando Mendes.

Mas há muitos Antônios, Josés e Marias da periferia acamados, com sintomas graves procurando a rede pública de saúde. E gente morrendo, conforme os números acima, o que aponta para uma contradição entre o que dizem os cientistas e a prática do dia a dia: a ômicrom não é tão  inofensiva. Ela mata, sequela, e  se espalha de uma forma assustadora.

O que mais surpreendeu nesta terça-feira foi o anúncio da Pfizer de que colocará no mercado em março uma vacina contra a variante ômicrom. Ué!! Então por que estão vacinando em massa contra uma variante cujo poder imunizante, em tese, não tem o efeito desejado ?

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.