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O decreto ‘meia-boca' do governador Wilson Lima


Por Raimundo de Holanda

24/12/2020 20h38 — em
Bastidores da Política


  • O governador do Amazonas não pode acreditar que com uma simples canetada resolve um problema que ele criou, superfaturando respiradores e sendo acusado de liderar uma organização criminosa no Estado, enquanto a pandemia corria sem controle

O decreto assinado ontem pelo governador Wilson Lima para fazer frente ao avanço da pandemia de Covid 19 é generoso com academias e oficinas mecânicas, que poderão funcionar livremente, como se fossem atividades essenciais. Lima foi além, liberou supermercados e feiras, mas colocou o dedo em restaurantes e shoppings. Um decreto de meio, com  um único resultado previsível: vai engessar a economia, provocar corrida aos supermercados e gerar mais  pânico na população.

Medidas para conter a pandemia eram necessárias, mas não sem ações que protegessem os trabalhadores  do setor de serviço e alimentassem a economia. O governo improvisou um decreto, sem contrapartidas.

O sacrifício é especialmente da classe mais pobre, que fica sem emprego e sem renda.

O governador não pode acreditar que com uma simples canetada resolve um problema que ele criou, superfaturando respiradores e sendo acusado de liderar uma organização criminosa que    saqueou a saúde em um momento critico para o Estado.

OS SAPOS DO SIQUEIRA E OS CALDERARO 

O grupo Calderaro, aliado de primeiro momento do governador Wilson Lima, não consegue conter os impulsos do apresentador Siqueira Jr, que tornou - se o maior critico das medidas adotadas pelo governo nas últimas horas. O problema é que Siqueira tornou-se maior que o grupo Calderaro, à medida que seu programa ganhou dimensão nacional. Constrangida, a família herdeira do velho Calderaro está sendo obrigada a engolir  Siqueira e seus sapos e lagartos.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.