É inegável que há pressa em dotar Manaus de um sistema de saneamento básico inclusivo, com impactos na qualidade de vida da população. Mas isso não autoriza a Águas de Manaus a atuar sem a necessária fiscalização, rasgando ruas, destruindo asfalto e, o que pior, isolando parte da população dentro de casa, na medida em  que fecha ruas de forma desordenada, provocando protestos e caos generalizados.

Falha a Agemam - Agência Reguladora dos Serviços Delegados do Município de Manaus, que não fiscaliza; falha a Defensoria  Pública, que faz ouvidos moucos  a  interesses de moradores contrariados, que reclamam de um serviço feito de forma precária e desordenada, que os isola dentro de casa por longos períodos; falham os vereadores, que fecham os olhos a um problema que atinge diretamente seus eleitores, e falha a Prefeitura de Manaus, que não estabelece  regras para uma atividade que, feita de forma desordenada, destrói um patrimônio público - o asfalto das ruas, que não é reposto na medida da destruição que a ação da concessionária de água  provoca.

CIGÁS

Mas a Águas de Manaus não está sozinha na destruição das ruas da cidade. Há ainda a Cigás, abrindo valas e engessando o trânsito na Zona Leste. 

Pior, o retorno em frente  ao Pronto Socorro e Hospital João Lúcio, que serve para que ambulâncias tenham acesso rápido ao setor de emergência, teve o sinal de trânsito apagado nos últimos dias, muito provavelmente por iniciativa da companhia. 

É um caos. Manaus precisa de saneamento e gás. Mas quer ser respeitada.