Mais respeito com Amazonino
Há culturas que valorizam os mais velhos, porque eles são mais sábios. Caminharam mais, aprenderam mais, amaram mais. E o respeito aos idosos é tanto que eles formam conselhos e dizem que caminhos seguir. Mas é preciso cultura para olhar os mais velhos com respeito.
Ninguém pode dizer que chegará a 70-80 anos. Essa caminhada depende de uma coisa imponderável: o destino. Chegar aos 80 anos, como Amazonino chegou, é um feito, uma conquista.
Portanto, a pecha de "velho gagá" não pega, a tentativa de desconstrução de sua imagem é um atentado a história que ele construiu. E atinge a todos os amazonenses nessa faixa etária ou que caminham nessa direção.
O vídeo montagem no qual tentam desconstruir a imagem de Amazonino Mendes é um exemplo de atraso cultural, da incapacidade de reconhecer os méritos que ele tem, seja como politico, seja como intelectual. Sim, porque Amazonino é estudioso, lúcido, lê muito, conhece muito. Não é adversário de ninguém. É apenas um homem que oferece à cidade sua experiência e sua visão do mundo.
Não se compara homens pela idade. Compara-se pela história de cada um.
Muitos, como Amazonino, tem qualidades. Mas ocupar a cadeira na qual Arthur Virgilio senta hoje é preciso ser mais do mais, porque Arthur é outra lenda, um homem inteligente, lúcido, sério, que pensa a cidade e o país.
O que Arthur e Amazonino tem em comum, apesar de estarem em lados opostos nesta eleição, é que eles não deixaram a mente nem a alma envelhecer.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.