Há um gay na base do arco-íris
Sempre ouvi dizer que há um pote de ouro na base do arco-íris. Mas hoje sei que não. Que há toda uma simbologia que vai além do fato de a luz do Sol refletir a umidade suspensa no ar.
É válido supor que na base do arco-íris há um gay. Por que não? Os movimentos LGBTs adotaram as cores do arco-iris como símbolo de libertação. Assim como a escola simboliza o saber, com muitas cores, inclusive a política, é preciso dizer, repetir mil vezes, que cor é liberdade, que opção política é saber, que discussão de idéias é democracia.
No momento em que se discute escola sem partido e que foi confirmado para ministro da educação um filósofo opositor à discussão de gênero e sexualidade nas escolas, eu preferia ver as escolas com vários partidos, envolvidas em um debate intenso, despertando saber, consciência política e cidadania.
Tudo o que e a escola precisa, tudo o que o País precisa, tudo o que a juventude não tem ainda e ao que parece não terá por muito tempo. Vamos recuar 400 anos, entrar outra vez na idade das trevas, com a cultura controlada pelas igrejas( agora protestantes) que avalizaram a indicação do ministro da educação. Sob a Bíblia se jurará fidelidade ao governo e sob a bandeira todos se calarão.
WILSON VAI FALAR. VAI?
O governador eleito Wilson Lima tem usado muitas figuras de linguagem para definir aspectos de seu “projeto participativo” de transição. Ele que não conseguiu apresentar um Plano de Governo completo durante a campanha, quer formatá-lo às pressas para servir de bússola após a posse.
Até agora é um orador em busca de uma retórica para aplainar seu discurso ainda confuso, de modo a conseguir dar o efeito desejado ao ouvinte mais interessado, o povo do Amazonas.
Hoje pode anunciar os primeiros resultados do que mais interessa, no momento: os nomes já escolhidos para compor o seu secretariado. As especulações não são favoráveis à mudança.
O próprio Wilson, que era uma incógnita para os que votaram contra, começa a ser uma incerteza até para os que o elegeram. Resta torcer para que tenha firmeza ao segurar o timão.
ASSUNTOS: bolsonaro-arco-iris, gay
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.