Governo, bonzinho, mete a mão no seu bolso
É cada vez mais frequente a criação de benefícios a famílias consideradas pobres ou extremamente pobres. É uma iniciativa louvável dos governos, mas a conta por essa bondade é passada diretamente para a classe média, que vive de salários e vive mal.
Na medida em que os governos, pela incapacidade de gerar empregos, e pelo desejo de atuar politica e eleitoralmente, criam benefícios, esgotam a capacidade dos demais cidadãos, obrigados a pagar mais pelo consumo de energia e água, por exemplo.
O Programa Bolsa Família beneficia cerca de meio milhão de pessoas no Amazonas. Cada beneficio soma R$ 727,12. Ao tempo em que se revela necessário em períodos de crise, não é temporário. É eleitoral, usado descaradamente com esse propósito por Bolsonaro ( na última eleição) e por Lula.
E a bondade não para por aí. O governo do Amazonas beneficia atualmente 300 famílias com o auxilio estadual, enquanto a prefeitura de Manaus investe no auxilio manauara. Cerca de 40 mil famílias são beneficiadas com uma renda mensal de R$ 200.
Lá na ponta falta dinheiro para investimento em infraestrutura, transporte, saúde e outros serviços vitais para uma cidade como Manaus.
Agora foi criada mais uma bondade, com clara intenção de angariar votos. O governo federal vai beneficiar mais de 45 milhões de famílias com isenção do pagamento de energia elétrica. Somente no Amazonas o beneficio vai chegar a meio milhão de consumidores, que não pagarão pela energia consumida.
Essa é outra conta passada para os demais consumidores, que pagarão por uma energia já extremamente cara.
Na prática, é um programa eleitoral, feito na medida para reeleger Lula. E um crime contra o bolso do cidadão que alimenta, com impostos cada vez mais escorchantes, os cofres desse país. Alguém precisa grita: socoooorro, polícia!!!
ASSUNTOS: Consumo de água e energia

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.