Gente armada causa pânico em boate de Manaus
Mais um caso de uso de arma de fogo dentro de boate em Manaus. Quatro feridos, agora na Casa de Shows Almirante, no bairro Santo Agostinho. Não são mais episódios isolados, tornaram-se frequentes, considerando o grande número de casos não registrado.
E são frequentes porque a concessão permissiva do governo Bolsonaro para a compra de armas estimulou certo sentimento de poder e exibicionismo.
Embora permaneçam as limitações ao porte, cada vez mais se observa pessoas carregando arma na cintura, com baixo ou nenhum controle das autoridades reguladoras.
É um caso de segurança pública porque estimula a violência e coloca em risco cada vez maior a vida das pessoas. Mas é, também, um claro caso de desvio mental dos que portam armas como se fossem homens treinados para matar.
Diante das novas regras para uso de armas e da tentativa de tornar lei o chamado “excludente de ilicitude”, que na verdade era uma permissão para matar, a utilização de armas fora de serviço por policiais tem crescido, o que contribuiu para fragilizar o já decadente sistema de segurança pública. É só lembrar o caso do delegado Gustavo Sotero, que atirou e matou dentro da boate Porão do Alemão, em 2017, o advogado Wilson Justo.
ASSUNTOS: boate azul, tiroteio no porão di alemão
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.