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'Baby, Baby, eu sei que é assim…'


Por Raimundo de Holanda

09/08/2022 20h15 — em
Bastidores da Política



Quando Baby Rizzato reaparecer na telinha da tv com o seu programa repaginado, a expectativa é que seja melhor do que  foi até 2015, quando a TV Acrítica substituiu o "Nosso Encontro" por encontro de outros, interrompendo parte da história da própria  tv e uma longa  interlocução com um público de todas as idades, que aprendeu a admirar e amar Baby. Curioso é que Baby guardou para si as razões de sua saída da TV, mas era evidente sua tristeza.

Resgatá-la agora, depois de 7 anos, exige da TV muito cuidado. Baby é sensível e doce. Uma jornalista que não pode ficar condicionada a um estilo. Porque é da sua natureza ser alegre e divertida, misturar música, moda, culinária e entrevista. Ah,  entrevista! Baby sempre teve um comportamento atrevido e brincalhão, sem inibir o entrevistado. O programa, mesclado com sabores, música e moda tornava os temas mais ásperos das entrevistas que se seguiam, ainda que econômicos ou políticos, palatáveis.

Ela sempre fez bem um programa com formato de revista com grande competência. O formato de entrevista, que querem dar ao "Nosso Encontro", tem seus riscos.

Ao entrevistar o dono da TV esta semana, Baby mostrou que essa não é sua praia. Não assim, a seco. Parecia tímida diante do Dissica Calderaro, que aliás falou demais e foi chato.

Baby é uma flor. Dissica precisa entender isso, dando a Baby liberdade de fazer o que sabe fazer diante das câmeras. E por falar em dar liberdade para Baby fazer o que sabe fazer, uma pergunta: chamaram o  Magal e toda a equipe que sempre trabalhou nos bastidores com Baby?

Perdão, Baby. Mas precisava falar sobre você, que conheço apenas da telinha.  Não se zangue. Sou um dos seus milhares de fãs. Por isso entenda o quanto me preocupa o fato de tentarem impor a você um estilo e os riscos que isso representa para sua imagem.  Como diz aquela canção do Cetano Veloso, “eu sei que é assim” . .

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.