Segundo cientista, Amazônia será perdida até 2064
O cientista e professor de geografia da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, Robert Waker, prevê que a Amazônia será destruída até 2064 por conta do desmatamento em excesso e às secas provocadas por mudanças climáticas. O pesquisador publicou um artigo recentemente pela Environment.
De acordo com Waker, a maior floresta tropical da Terra, de cerca de 3,7 milhões de km², sofrerá uma alteração de floresta densa e úmida para uma savana aberta, dominada por gramíneas e arbustos inflamáveis, e deve antigir o que ele chama de “ponto de inflexão” em até no máximo 44 anos.
As secas extremas podem se tornar muito comuns em 2064, para que a cobertura superior da floresta, formada pelas árvores, se recuperem completamente. Uma das principais culpadas dessa mudança também foi a alteração climática intensificada por conta dos incêndios de 2019.
Conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram registrados de janeiro a agosto do ano retrasado mais de 80 mil incêndios em todo o país, um aumento de 77% em comparação com o mesmo período de 2018. "A maior preocupação é com o aumento da perda de árvores provocado pela combinação de incêndios, desmatamento e extração de madeira", afirmou Waker.
A remoção permanente de árvores causa, a destruição do habitat florestal e a perda da diversidade biológica, como também afeta o clima regional, diminuindo a precipatação e prolongando a estação seca. A verdade é que, o sul da Amazônia pode esperar atingir um ponto crítico em algum momentos antes de 2064, na taxa atual de prolongamento da estação seca", alertou.
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