Professor “fantasma” que recebia três salários em Boca do Acre é alvo do MP
Manaus/AM - O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) moveu uma ação por improbidade administrativa contra um professor e três gestores educacionais de Boca do Acre, acusados de participar de um esquema de “funcionário fantasma” que gerou prejuízo de R$ 330 mil aos cofres públicos.
A investigação conduzida pelo promotor Marcos Patrick Sena Leite apontou que o docente recebia salários do estado e da prefeitura, mas não cumpria suas funções como servidor estadual. Mesmo cientes das faltas recorrentes, os gestores atestavam a frequência do profissional.
O MP identificou que o professor acumulava três vínculos públicos incompatíveis, com cargas horárias que impossibilitavam o cumprimento das jornadas. Também foi constatada fraude no registro de presença e baixa assiduidade em outra instituição de ensino.
Convocados, os gestores não compareceram para prestar esclarecimentos. O caso abrange o período de janeiro de 2022 a novembro de 2024.
Na ação, o MP requer a indisponibilidade de bens dos investigados, a perda das funções públicas, o ressarcimento integral do dano e o pagamento de R$ 50 mil por dano moral coletivo.
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