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Slogans que seduzem ou afastam o eleitor


Por Raimundo de Holanda

12/07/2017 21h23 — em
Bastidores da Política



O slogan da campanha do senador Eduardo Braga “Agora tem jeito”, é similar ao adotado por Marcelo Ramos, seu vice, na eleição de 2016: “Tem dinheiro, dá  para fazer”.  A campanha de Marcelo não empinou, embora o slogan tenha se transformado em meme nas redes sociais.  É que ontem, como hoje, o eleitor sabe que não há dinheiro, nem dá para fazer  o que vem  sendo prometido. Não em um estalar de dedos.

Pode estar  desconfiado agora de que é cada vez  mais difícil  “dar jeito” a um estado desorganizado, do ponto de vista politico e econômico.

O “Movimento pela reconstrução do Amazonas” , de Amazonino Mendes,  pode pegar, associado ao AMA que ele adotou nas últimas inserções na TV e no Rádio, mas arrumar a casa, como ele quer, se aproxima muito do “tem jeito”, o modo peculiar  do senador Eduardo Braga olhar os  problemas que ele mesmo diz ser quase insolúveis, considerando o momento de baixa expectativa de arrecadação para os próximos meses.

Porém,  se slogan não ganha eleição, sua fixação pode leva o eleitor a identificar o candidato. Mas também pode isolá-lo.

O fato de Amazonino surfar  com o 12 -  doze meses para mudar a saúde, a segurança, a educação, é interessante, assim como a campanha de Eduardo brinca com o 15.

O slogan de Rebecca - Coragem para governar - revela certa insegurança. Ficaria melhor com “Competência para governar”. Mas o que é um slogan, senão uma marca, um conceito que os políticos  usam para turbinar a campanha,  Por isso tem que entrar no ouvido e na alma do eleitor. Senão não pega ou vira um meme  às avessas.

Mas ninguém foi tão bom nem tão ruim na escolha dos slogans nessa campanha. Zé Ricardo, com o “seu compromisso com o povo”, deixa dúvida se esse compromisso é novo ou antigo.

Wilker Barreto não inovou com o “União pelo Amazonas”.  O slogan se esgota nas alianças que fez e no reduzidíssimo tempo de televisão.

  Luiz Castro, com seu “Começo por uma grande mudança” foi mais criativo, mas tem pouco  espaço de tv para explicar como essa mudança se daria  caso ganhasse a eleição e assumisse o governo .

POSSE DE DROGA NÃO É CRIME

Pois é. Essa é nova,  mas foi a decisão adotada pela  ministra Laurita Vaz ao conceder liminar para que um estudante preso preventivamente após ser flagrado com tabletes de maconha aguardasse o julgamento em liberdade. Ele portava somente  192 gramas da drogas: “isso não é  motivo para manter s prisão”, disse a ministra. E o rapaz foi pra casa…

COITADO DO LULA

Lula finalmente foi  condenado pela Lava Jato. O receio maior  do ex-presidente  se refere à proibição de exercer cargo público, que faz parte da sentença do juiz Sérgio Moro na condenação do ex-presidente do Brasil a nove anos e meio de prisão.

 OLHA DE ONDE VEIO A DEFESA

A defesa mais forte do presidente Michel Temer partiu do homem considerado um dos políticos mais corruptos do país: o deputado Paulo Maluf. Para ele, “Temer nada mais fez que sua obrigação” quando arrecadou recursos para o seu partido. Palavra de expertise.

1.7% PARA A DPE-AM

Conforme emendas de diversos deputados, deverá ficar em 1.7% (R$ 100 milhões) a elevação da receita orçamentária da Defensoria Pública do Estado do Amazonas na LDO-2018. A Assembleia Legislativa vota a matéria nesta quinta-feira (13).

PROFESSORES PRESSIONAM

Professores da UEA prometem lotar hoje as galerias da Aleam e pressionar os deputados a aprovar  emenda do deputado Dermilson Chagas (PEN) que concede autonomia orçamentária à universidade.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.