Delator da Lava-Jato é preso em ação contra tráfico de drogas
RIO — A Polícia Federal deflagou, na manhã desta terça-feira, uma operação para combater a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas. A ação, batizada de Operação Efeito Dominó, acontece no Distrito Federal e também no Rio de Janeiro, em Pernambuco, no Ceará, na Paraíba, no Mato Grosso do Sul e em São Paulo. No total, oito pessoas já foram presas, incluindo um doleiro investigado na Lava-Jato que teria quebrado acordo de delação premiada.
A Efeito Dominó é um desdobramento da Operação Spectrum, que desarticulou a quadrilha chefiada por Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, um dos maiores traficantes internacionais de drogas da América do Sul com conexões em dezenas de países. Nesta terça, cerca de 90 agentes cumpriram 26 ordens judiciais — 18 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e três mandados de prisão temporária.
Entre os presos estão dois doleiros já conhecidos pela PF — um deles alvo da Lava Jato e outro, da Operação Farol da Colina. O doleiro Carlos Alxandre, o Ceará, que já foi alvo da Lava-Jato, retomou suas atividades ilegais após mesmo tendo firmado acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) e depois homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Tanto a PGR quando o STF serão comunicados sobre a prisão dele para avaliar quanto a quebra do acordo.
A operação também tem o objetivo de levantar informações complementares da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa e associação para o tráfico internacional de entorpecentes.
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