Nestes dias só se fala na marquinha de Anita, nas próteses das passistas, em sexo, suor e cerveja. Mas quando o Carnaval passar volta a realidade de um País sangrando, seja pela violência das ruas, seja pelos escândalos envolvendo políticos. Ou ainda  pela polêmica na qual se envolveu o Judiciário - que se autoatribuiu benefícios negados aos demais trabalhadores.  

Se é imoral um deputado que tem casa própria defender o auxílio moradia do qual usufrui, não é menos imoral o argumento dos juízes de que esse beneficio complementa seus salários - de mais de R$ 28 mil. 

Na prática, o cidadão comum não consegue separar o mocinho dos que estão sob suspeita de se apropriarem de recursos da sociedade. Sim, porque essa forma de complementar  salários por meio nada republicano é uma forma de se apropriar de dinheiro público. É imoral, com uma carga maior de suspeita por favorecer uma classe que representa a justiça. 

PAU PODRE

Acuado por acusação do MPE de desvio de mais de R$ 5 milhões de convênios da Fepesca com a Setrab, entre 2012 e 2014, o ex-deputado Walzenir Falcão poderá recorrer à delação premiada. O risco é ele fazer que nem ‘pau podre’, que tanto cai quanto derruba os outros.

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Investigado na operação Traíra, Walzenir foi denunciado à Justiça como o cabeça do esquema que desviou os recursos públicos de convênios celebrados com o governo do Estado.

NOVELA DA BR

Na reunião de abertura do ano na Fieam, o presidente Antônio Silva disse que a recuperação da BR-319 está entre as medidas que constam no projeto apresentado ao governador Amazonino Mendes para tornar o Parque Industrial de Manaus mais atrativo para empresas de fora.

INEFICIÊNCIA CANSA

A ministra Cármen Lúcia, que preside STF e o CNJ, foi inaugurar  semana passada um presídio e fez um desabafo inesperado: “o cidadão brasileiro está cansado de tanta ineficiência”, inclusive do Judiciário. “Temos um débito enorme com a sociedade”, acrescentou.

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Cármen Lúcia referiu-se apenas à ineficiência jurídica, mas no CNJ ela também mobiliza forças para combater outros ‘males’ do poder, como o nepotismo na escolha de novos membros.