Retirados invasores de área vende no Águas Claras
Uma ação conjunta, entre órgãos municipais e estaduais, realizou nesta quarta-feira, 13, a retirada de seis ocupações irregulares existentes nas áreas de preservação permanente (APP) do Loteamento Nascentes das Águas Claras. Foram demolidas duas construções em alvenaria e quatro barracos de madeira, erguidas no final da Rua D8, do loteamento.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), com o apoio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), Guarda Civil Metropolitana, Batalhão Ambiental da Policia Militar, Delegacia Especializada em Meio Ambiente e Implurb, conseguiu notificar outras 13 famílias que ocupavam barracos, determinando o prazo de dez dias para que saiam da área, sob pena de serem autuados em caso de descumprimento.
A área vem sendo alvo de invasores desde 2008. Moradores do loteamento agradeceram a ação dos órgãos e denunciaram os prejuízos gerados pelos invasores. Segundo eles, além dos danos ambientais causados à área, diversos problemas como ocorrência de assaltos, tráfico de drogas e casos de violência passaram a ser registrados no local após a ocupação irregular.
Fiscais da Semmas constataram a prática de crimes ambientais. Foram localizadas dezenas de focos de queimadas de grande proporção, alguns inclusive recentes, utilizados para abrir espaço permitindo o avanço da invasão, centenas de árvores cortadas e buracos cavados no chão para o despejo de dejetos (fossas), animais silvestres mortos e filhotes perdidos depois de sobreviverem às chamas. Diversos trechos do igarapé que corta a área foram aterrados para a construção de barracos.
Policiais da Delegacia Especializada em Meio Ambiente (Dema) deram início às investigações sobre a venda de lotes nas áreas invadidas e a prática dos outros crimes. Uma mulher, identificada apenas como Betinha, seria a responsável pelo comercialização de terrenos na invasão.
Técnicos do Departamento de Gestão Territorial e Ambiental da Semmas realizaram medições para a caracterização das áreas de preservação permanente e para a colocação de placas identificando a área como protegida e a proibição de ocupar, desmatar e descartar resíduos no local.
Desde 2008, os Loteamentos Nascentes das Águas Claras e Parque das Graças vêm sendo alvo da ação de grupos organizados de invasores que se utilizam das áreas verdes, áreas institucionais e até lotes particulares para promover ocupações irregulares. Para combater de forma efetiva o problema, este ano, a Prefeitura de Manaus, por meio do Gabinete de Gestão Integrada do Município, sob a coordenação do Gabinete Militar da Prefeitura de Manaus, decidiu instituir uma força-tarefa formada por diversos órgãos municipais e estaduais, com a finalidade de promover a desarticulação gradativa dos focos. Somente este ano, já foram realizadas mais de 50 demolições de ocupações ilegais na área dos dois loteamentos.
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