PM faz operação no Complexo de Israel, no Rio, e aulas são suspensas em 15 escolas
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Quinze escolas no Complexo de Israel, na zona norte do Rio de Janeiro, tiveram as aulas suspensas nesta quinta-feira (12) por causa de uma operação da Polícia Militar. A corporação afirma que o objetivo da ação é "reprimir os roubos de carga e veículos na região, além de coibir tentativas de expansão do domínio territorial de um grupo criminoso".
O Complexo de Israel é a base dos autointitulados traficantes evangélicos que, segundo investigações da polícia, utilizam a religião para expansão territorial, em estratégia chamada de narcopentecostalismo. A facção que tem influência na região é o TCP (Terceiro Comando Puro), com Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, apontado como liderança pela polícia. Ele está foragido.
Na terça (10), o muro do 16ºBPM (Olaria), unidade da PM responsável pelo policiamento na região, amanheceu pichado com o apelido do traficante. A pichação foi apagada, e o caso é investigado.
O traficante é apontado como responsável por medidas como proibição de terreiros e de imagens santas no Complexo de Israel. A arquidiocese do Rio nega que ele tenha interferido em missas. No topo da comunidade, Peixão colocou uma estrela de Davi de neon.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, três escolas foram impactadas nas comunidades Cinco Bocas e Pica-pau; outras quatro em Parada de Lucas e Vigário Geral; e oito na Cidade Alta.
Segundo a PM, "grande quantidade de drogas e munições" foram apreendidas na operação.
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