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Houve problema, mas não houve falha na COP30, diz secretário da Casa Civil após críticas da ONU

Por Folha de São Paulo

13/11/2025 21h40 — em
Variedades



BELÉM, PA (FOLHAPRESS) - Nesta quinta-feira (13), Valter Correia, secretário extraordinário da COP30 da Casa Civil, conferência climática da ONU que acontece em Belém, reconheceu que há problemas na estrutura e na segurança do evento, mas negou que qualquer um deles tenha sido causado por falhas do governo federal.

A declaração foi dada após a ONU enviar, na quarta-feira (12), uma carta à Casa Civil criticando o esquema de segurança da COP30 e pedindo por medidas para reforçar a proteção da área e resolver problemas como alagamentos e altas temperatura no ambiente. O documento dizia que o Brasil não havia cumprido com o plano de proteção da área -o que o secretário nega.

Na última terça-feira (11), manifestantes tentarem invadir a área reservada da COP30, passaram pelas barrigadas das forças de segurança brasileiras e só foram contidos pela polícia da ONU. Segundo o secretário, houve uma reunião após o ocorrido para discutir o problema.

"Na reunião, houve um reconhecimento de que houve problema. De que houve falha, não. Na própria noite a gente fez uma primeira reunião com todo mundo. Que houve problema, ficou nítido. Corrigimos, foi conjunto, com todas as forças de segurança do país. Fizemos um diagnóstico e achamos pontos de melhoria", diz.

Segundo Correia, a partir de terça-feira foram feitas mudanças, como o posicionamento de mais militares próximos ao pavilhão da conferência -o que ficou nítido aos presentes no evento. Mais soldados foram destacados para atuar, e o contingente de segurança, que estava deficitário por problemas com a empresa contratada, foi completado, afirma ele.

Tudo isso, diz, fez com que em uma nova reunião nesta quinta-feira (13) a ONU reconhecesse que o problema foi resolvido.

O órgão também apresentou reclamações sobre a infraestrutura do pavilhão principal da COP30. O ar-condicionado insuficiente para refrigerar o espaço, a falta de água nos banheiros e alagamentos em alguns pontos foram alguns dos pontos criticados.

"Quando você monta uma estrutura temporária de 150 mil metros quadrados, você tem projeto técnico que é avaliado, aprovado e implementado. Mas nos primeiros dias você estressa isso e coloca 25 mil pessoas dentro, é natural que apareçam problemas. O primeiro dia foi bastante difícil, foi melhorando e amanhã vai estar melhor do que hoje", disse.

Ele afirma, por exemplo, que o número de caminhões pipa dobrou, e que o ar-condicionado vem passando por ajustes. "Ainda temos problemas, não vou negar. Estamos ajustanto e o importante é que todo mundo está se sentindo bem", completa.

O documento, revelado pela Bloomberg e ao qual a Folha também teve acesso, foi enviado ao ministro Rui Costa, da Casa Civil, e ao embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30.

Em entrevista coletiva, o embaixador disse que as preocupações da UNFCCC foram superadas e que teriam sido "sanadas completamente". "Então é um não problema agora. E devemos dizer que o ar condicionado está bem melhor hoje. Todos concordamos. Houve problemas técnicos que acredito que estão sendo superados."


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