Flutuantes: Modelo Turístico em Debate
A batalha judicial que ordena a retirada de flutuantes do Tarumã-Açu ganha mais um capítulo e traz à tona uma intensa discussão. O recente parecer do Ministério Público embora pareça uma resposta firme às preocupações ambientais, pode ter consequências desastrosas para o turismo local, para a economia e para aqueles que sobrevivem desse modelo de negócio na nossa região.
Os flutuantes, com mais de 900 unidades, compõem uma parte significativa da paisagem e da cultura ribeirinha de Manaus, porém são frequentemente apontados como os vilões da poluição no Tarumã-Açu. Mas verdadeiro problema reside na falta de saneamento, principalmente nos igarapés que deságuam na região. A decisão judicial, além de injusta, desconsidera o impacto social e econômico da desocupação.
Em vez de simplesmente retirá-los, devemos buscar alternativas que permitam sua legalização e adequação às normas ambientais, garantindo um equilíbrio entre o entretenimento que proporciona, e a preservação ambiental. O Turismo de Experiência é uma das principais fontes de renda da região e os flutuantes desempenham um papel crucial nesse movimento econômico.
É fundamental que as autoridades, órgãos responsáveis e profissionais do setor promovam um diálogo aberto e transparente com todas as partes envolvidas.
Que possamos chegar a um consenso que mantenha viva a nossa verdadeira essência do "ribeirinho life style". Afinal, na nossa identidade manauara, onde a natureza e os rios são elementos centrais de nossa cultura, os flutuantes não são apenas estruturas de lazer, mas um reflexo do nosso modo de vida.
Pela permanência regulamentada dos flutuantes do Tarumã-Açu, Turismo, Eu Acredito!
ASSUNTOS: Turismo, eu acredito!