Pesquisadores brasileiros revelam novas imagens de duas galáxias distantes
A pesquisadora e astrofísica brasileira associada da NASA, Duilia de Mello e cinco astrônomos amadores produziram novas imagens de duas galáxias distantes (Centaurus A e Arp 230) a partir de telescópios e câmeras simples.
Mello, que também é professora da Universidade Católica da América, em Washington, tem currículo extenso na área: descobriu a Supernova 1997D, os aglomerados de estrelas chamados blue blobs e também fez parte da equipe que descobriu o tamanho real da maior galáxia espiral conhecida até hoje, a NCG 6871.
O funcionário público Marcelo Domingues e o professor universitário Eduardo Oliveira, assim como os engenheiros Cristóvão Faria, João Mattei e Sergio da Silva, formaram a equipe do projeto.
Eles pretendem coletar imagens de conchas que se estabelecem ao redor de galáxias, e, então, procurar correlações com o gás hidrogênio que normalmente se distancia depois que uma galáxia entra em fusão ou em colisão.
Uma vez que a equipe conseguiu fazer registros de conchas distantes da galáxia central, Centaurus A, garantiram que o projeto poderia ser continuado. Já no caso da galáxia Arp 230, os instrumentos amadores foram capazes de coletar dados por dezenas e horas e registrar conchas tão longe do centro quanto àquelas descobertas pelo telescópio Hubble.
"Em imagens profundas tiradas com esses telescópios relativamente pequenos, somos capazes de ver um grande campo de visão e expandir nossa busca por conchas a grandes distâncias dos centros das galáxias", diz Mello.
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