MST invade sede do Incra em São Paulo em protesto
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O MST (Movimento Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiu nesta terça-feira (30) o prédio da superintendência de São Paulo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), localizado no bairro de Santa Cecília, na região central.
Cerca de 200 membros do acampamento Marielle Vive, de Valinhos, no interior de São Paulo, participaram do ato para pedir suspensão de ordem de despejo do acampamento e que seja realizado o cadastro das famílias.
Eles ficaram no local por cerca de duas horas, e saíram do prédio às 15h, após a chegada de uma viatura da polícia.
Com a mobilização, o objetivo do MST era o de pressionar o Incra para intermediar o diálogo com a Prefeitura de Valinhos e a Justiça local para barrar decisão judicial que autoriza o despejo das 450 famílias que vivem no acampamento no interior de São Paulo.
Os sem-terra não encontraram resistência para realizar a invasão nesta terça.
O movimento também realizou ato contra o despejo do Marielle Vive e em defesa da reforma agrária na Praça da Sé.
As manifestações também ocorrem por ocasião dos 57 anos de sanção do Estatuto da Terra no Brasil, que trata da regulamentação da reforma agrária do país.
Dados do Incra enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) no início deste ano apontam que, em 2020, 3,6 mil famílias foram assentadas no país, queda drástica se comparado a 2015, último ano completo dos governos petistas, quando o número chegou a 26,3 mil.
Ainda que em menor escala, a queda considerável de novos assentamentos vem sendo registrada desde Dilma Rousseff (PT).
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