Como resultado da série de visitas nas escolas públicas promovida pela Comissão de Jovens, Crianças e Adolescente da Assembleia Legislativa do Estado (CJCA/Aleam) os registros no aumento dos casos de gravidez na adolescência foi um dos temas que mais recebeu denúncias. O presidente da Comissão, o deputado Carlos Alberto (PRB), contabilizou diversos pedidos de professores dos locais envolvidos nas atividades em todas as zonas da capital apontando para trabalhos de sensibilização voltados a diminuição dos episódios ocorridos nessa faixa etária.

Pelos dados da OMS, cerca de 16 milhões de adolescentes dão à luz todos os anos no mundo. A estimativa é que aproximadamente 3 milhões de jovens, de 15 a 19 anos, submetem-se a abortos ilegais por ano. “A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) também revelou que 240 mil jovens com menos de 18 anos são chefes de família e que 30% das mães adolescentes deixam a escola e não retornam após o nascimento do bebê”, lamentou. Em seu discurso, Carlos Alberto declarou que no Amazonas não é diferente, 695 adolescentes entre 10 a 15 anos deram a luz aqui no Estado somente nesse primeiro semestre. “Essa é uma realidade muito triste por que muda por completo a vida familiar, e neste sentido, eu vejo que é necessário que ações sejam planejadas, no ambiente escolar, na intenção de minimizar os índices de gravidez na adolescência”, orientou.

O parlamentar anunciou que pela Comissão de Jovens, Crianças e Adolescente vai atuar sim, nesse cenário por meio de campanhas educativas nas escolas em uma ação mais efetiva, mostrando aos jovens as diversas consequências de uma gravidez precoce e a realidade a ser enfrentada posteriormente.