Suspeito de liderar organização criminosa da Venezuela é preso no Amazonas
Manaus/AM - José Jesus Figuera Alcala, 30, o “El Chuchu” foi preso na manhã de terça-feira (15), durante a operação “Centurião”. Segundo a polícia, ele é suspeito de liderar organização criminosa da Venezuela, que estava escondido no Brasil.
De acordo com o titular da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (DERFV), delegado Cícero Túlio, a ação teve o intuito de capturar “El Chuchu”, que articulava no Brasil um esquema no qual ele encomendava veículos roubados, alienados, alugados ou com restrições judiciais dos estados do Amazonas e Roraima, para serem adulterados na Venezuela. O suspeito estava foragido há cerca de três meses, quando quatro de seus comparsas foram presos pelas autoridades venezuelanas.
“A organização criminosa liderada pelo infrator foi responsável por despachar mais de 50 veículos, frutos dos atos criminosos, para outros países da América do Sul. Esses carros, após ingressarem em solo venezuelano, passavam por um processo ilícito, no qual eram emitidos, ilegalmente, documentos junto a outros criminosos que operavam no Instituto Nacional de Transporte Terrestre daquele país, onde eram confeccionadas placas clandestinas que facilitavam a circulação livremente dos automóveis nos países do eixo Mercosul”, explicou o delegado.
Conforme Túlio, a partir do compartilhamento de provas da Polícia Federal em Tabatinga com a DERFV, os policiais iniciaram as investigações e identificaram a participação de criminosos que já haviam sido presos anteriormente em outra operação realizada pela Especializada.
Túlio relatou que “El Chuchu” foi localizado e preso na tarde de terça, em um condomínio de luxo onde ele mora, situado na rua Capitão Mendes, bairro Caçari, em Boa Vista. No local foi apreendido, ainda, um veículo modelo Ford Ka de cor vermelha, que teria como destino a Venezuela.
Ainda ao longo da ação, as equipes apreenderam três veículos em Tabatinga, sendo um de marca importada, um Chevrolet Onix e um Hyundai HB20, que seriam levados para a Colômbia.
O suspeito será indiciado por organização criminosa, receptação qualificada, fraude processual e estelionato. Ao término dos trâmites cabíveis, ele será levado para a Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde permanecerá à disposição da Justiça.
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