Manaus/AM - Uma adolescente indígena de apenas 12 anos, pertencente à etnia Kulina, foi vítima de um estupro coletivo chocante na comunidade Mapiranga, no município de Juruá, interior do Amazonas. Segundo informações da Polícia Civil, até oito pessoas da mesma etnia são suspeitas de envolvimento no crime. A denúncia foi feita pela mãe da vítima, que procurou o Conselho Tutelar para relatar o caso.

O crime ganhou contornos ainda mais graves com a divulgação de detalhes da investigação. O delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), informou, por meio de vídeo nas redes sociais, que os suspeitos teriam filmado o ato. Nas imagens chocantes, a jovem é vista gritando e pedindo socorro, enquanto os agressores demonstravam deboche e riam da situação.

Diante da brutalidade do caso, a Polícia Civil se manifestou com veemência. O delegado Paulo Mavignier garantiu uma postura de "zero tolerância" contra a violência direcionada a mulheres e crianças, seja em áreas urbanas, rurais ou em terras indígenas. Ele enfatizou que nenhuma cultura ou tradição pode justificar tal brutalidade, prometendo que todas as medidas necessárias serão tomadas para garantir a justiça à criança.

A repercussão e a complexidade logística do local levaram à mobilização imediata das autoridades. O delegado Célio Lima, titular da Delegacia Interativa de Juruá (DIP), formou uma força-tarefa de resgate e investigação. A ação conjunta conta com o apoio da Polícia Militar, da Guarda Civil Municipal (GMC) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Na manhã desta quarta-feira (26), a missão conjunta se deslocou para a comunidade para resgatar a vítima, coletar as provas necessárias e identificar formalmente os envolvidos. A Polícia Civil informou, por meio de nota, que as diligências estão em andamento, visando à prisão dos suspeitos. Mais detalhes sobre o andamento da investigação não puderam ser divulgados para não atrapalhar o trabalho policial e garantir a segurança da vítima.