Família desmente namoro de enfermeiro e Emilaine e faz revelações macabras
Manaus/AM - Familiares de Emilaine Souza de Souza, 20, estão revoltados com o assassinato brutal da jovem. Nesta sexta-feira (9), eles conversaram com a equipe do Portal do Holanda na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e contestaram a versão de que a vítima teria um relacionamento aberto com o acusado.
A irmã, que morava na casa onde aconteceu o crime e foi quem achou o corpo, revelou detalhes da relação do enfermeiro com a designer e com o resto da família. Ela conta que André é filho de pastores e estava atravessando um momento difícil, ele procurou ajuda com a família de Emilaine e foi acolhido na casa onde ela e a irmã moravam no bairro da União.
André estava morando no local há cerca de três meses e segundo a mulher, ele e a vítima chegaram a ter um “flerte” logo no início, mas foi rápido e a jovem nunca assumiu compromisso algum com ele: “Minha irmã tinha ele como um amigo, ela nunca assumiu nenhum relacionamento com ele. Nós acolhemos ele, minha família toda acolheu ele, e ele cometeu esse crime que não foi passional, foi de ódio”, desabafa.
A familiar conta que os parentes ficaram surpresos com a descoberta de que André era o assassino, pois tinham plena confiança nele. No dia anterior ao crime, Emilaine e a irmã chegaram a dormir no quarto dele, onde o corpo da jovem foi encontrado horas depois: “Na noite que ele supostamente viajou, porque não houve viagem, ele arquitetou o crime com muita frieza, e fez questão de deixar as chaves dele, o acesso ao quarto e tudo. Na noite anterior nós tínhamos passado a noite assistindo filmes, então nós dormimos no quarto. Quando eu saí de casa para trabalhar ela ficou dormindo no quarto dele e quanto eu cheguei em casa, ela estava no quarto ainda”, conta.
Em determinado momento, a irmã diz ainda que dias antes do crime, ele chegou a dizer que um espírito de morte estava cercando a família dela: “Ele falou que Deus tinha mostrado a ele que um espírito de morte estava rondando ele, mas que não queria levar ele e nem o filho dele, mas alguém próximo, alguém da minha família. Ele estava falando da minha irmã”, lamenta.
Para a polícia e para a família, André planejou o crime e cuidou para que não fosse atrapalhado por ninguém. Ele soube que um avô de Emilaine iria ficar uns dias na casa da vítima porque iria passar por uma cirurgia e se certificou do dia e horário que ele chegaria. Ele aguardou mais uns dias e assim que o homem retornou para casa com os parentes. Ele colocou o plano em prática.
"Ele conseguiu nos enganar muito bem. Ele se fez de amigo, ele foi tão frio que duas semanas antes ele olhou pra mim e disse que o espírito de morte estava rondando a nossa casa. Mas antes ele já tinha mostrado algumas coisa, mas a gente não se atentou pra isso. Um dia ele olhou pra mim e disse que tem ranço de mim e eu perguntei porque. Era como se eu tivesse atrapalhando os planos dele ali, ele queria um jeito de me tirar da casa onde eu estava, a gente foi passar um mês na casa dela”, revela uma prima.
A família não consegue entender o por quê de André ter cometido o crime.
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